20 anos de CONARH…

… o futuro que já chegou (e continua chegando) (Final…)

Uma jornada de duas décadas que nos ensinou a lição mais importante de todas: o futuro do trabalho não é um destino, é uma mentalidade. E o segredo? Sempre foi ser humano.

Depois de 20 anos de CONARH, uma verdade emerge cristalina: o futuro do trabalho sempre esteve chegando, mas nunca chega de fato. Em 2005, falávamos do “futuro da gestão de pessoas”. Em 2025, ainda falamos do “futuro do trabalho”. A diferença é que agora temos IA para nos ajudar a prever um amanhã que, certamente, será diferente do que prevemos. É o ciclo da vida, só que com dashboards.

A beleza dessa jornada retrospectiva é perceber que os verdadeiros insights sempre estiveram lá. Sônia Hess sabia, em 2005, que pessoas são “cabeças, mentes e corações de obra”. Fernanda Montenegro entendia que liderança é sobre autenticidade. Linda Gosselin percebia que diversidade é vantagem competitiva. Dave Ulrich sempre pregou que o RH precisa ser estratégico.

O que mudou não foram os princípios fundamentais, mas nossa capacidade de operacionalizá-los em escala. Com dados, algoritmos e, ironicamente, mais humanidade do que nunca.

O CONARH 2025, com o tema “Potencializando conexões”, não representa o fim, mas a consolidação dessa jornada. Descobrimos que ser estratégico é ser humano, que inovar é incluir, que liderar é servir, e que o futuro do trabalho é, fundamentalmente, sobre criar ambientes nos quais as pessoas possam ser pessoas. Só que agora com métricas para comprovar que funciona.

A grande transformação dos últimos 20 anos? Aprendemos que não precisamos mais escolher entre eficiência e humanidade, entre tecnologia e propósito, entre resultados e bem-estar. Podemos ter tudo e, de preferência, com métricas que comprovem que estamos no caminho certo.

Aqui ao meu lado, Thaeo considera que o maior aprendizado de 20 anos de CONARH foi que o RH passou de “pessoal” para “estratégico”, mas o maior desafio continua sendo o cafezinho da manhã de segunda-feira. Afinal, por mais que a gente tenha People Analytics e IA, a motivação para começar a semana ainda se mede pelo cheiro de café coado e o silêncio do escritório antes de tudo começar.

De fato, faz sentido. Como diriam os palestrantes de todas as edições do CONARH, cada um à sua maneira: o futuro é humano, estratégico, diverso, tecnológico e, acima de tudo, conectado. E se isso soa familiar, é porque sempre foi verdade. Só precisávamos de 20 anos de congressos para aceitar essa simplicidade complexa.

E a grande lição de tudo isso? A história do RH é, na verdade, a história da gente.